quinta-feira, 19 de junho de 2008

APURAMENTO DAS CONCLUSÕES DO QUESTIONÁRIO

A PALAVRA AOS UTENTES SOBRE OS NOVOS HORÁRIOS
A Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) decidiu dar a palavra aos utentes, através de um QUESTIONÁRIO, para que estes expressassem a sua opinião sobre os novos horários que foram implementados após a reabertura do Túnel do Rossio.
A CULS distribuiu os Questionários em diversas estações da linha de Sintra, nos meses de Abril e Maio, nas horas de ponta da manhã e à noite. Dos utentes questionados, 19,1 % fizeram chegar as suas opiniões e preocupações à CULS relativamente aos horários e outros problemas que os afectam na Linha de Sintra, através de fax, mail e correio.
A CULS está convicta que as respostas são representativas e demonstrativas dos problemas existentes na Linha de Sintra, o que só vem confirmar as sucessivas tomadas de posição da CULS sobre os problemas que urge resolver nesta linha.
Respostas dos utentes nas viagens de ida
Respostas dos utentes nas viagens de volta
%
Onde tomam o comboio
%
Onde tomam o comboio
31%
Algueirão
6%
Oriente
13%
Rio de Mouro
5%
Roma Areeiro
27%
Agualva-Cacém
34%
Entrecampos
12%
Amadora
17%
Sete Rios
27%
Rossio
83%
89%
Motivos porque os utentes utilizam a Linha de Sintra
82%
Profissionais
3%
Escolares
4%
Saúde
6%
Culturais
5%
Outros
Avaliação dos novos horários pelos utentes
79%
Negativamente
19%
Positivamente
2%
Outra opinião
Horários de utilização dos comboios pelos utentes
Hora de ponta da manhã entre as 7h00 e as 9h00
63%
Entre as 17h00 e as 20h00
63%
Fora das horas de ponta da manhã
7%
Fora das horas de ponta da tarde
8%
À noite
12%
Fins-de-semana
8%
Feriados
2%
Alteração nos horários dos comboios
Utentes que referem ser necessárias alterações
82%
Utentes que referem não ser necessárias alterações
18%
Comboios muitos cheios e necessidade de mais comboios para Sintra e Meleças em horas de ponta da tarde
22%
Comboios directos e semi-directos de Sintra para Entrecampos
19%
Razões por que os utentes consideram que os horários devem ser alterados:
Necessidade de mais comboios fora da hora de ponta do dia, da noite, aos fins-de-semana e feriados das várias famílias;
Necessidade de articulação entre todas as famílias de comboios (incluindo com a Fertágus);
Necessidade de comboios alternados de Sintra e Meleças para o Rossio e Linha da Cintura;
Necessidade de comboios de hora a hora todas as noites de 6 ª feira e sábados;
Necessidade de comboios a circular mais tarde do Rossio e da Linha da Cintura para Sintra e Meleças;
Os comboios andam sempre muitos cheios, a qualquer hora («é sempre hora de ponta»);
Nos fins-de-semana e noites os horários das famílias de comboios do Rossio e Linha da Cintura são muitos próximos.
Aspectos que os utentes consideram necessário resolver, pelas entidades competentes:
Publicidade enganosa, designadamente quando a CP-Lisboa afirma que há mais comboios;
Os parques de estacionamento deveriam ser gratuitos;
A Segurança de Pessoas e Bens deveria ser reforçada (24%);
Impedir o vandalismo na linha, especialmente na Estação da Damaia que deveria ser requalificada, dada a destruição que se verifica nesta, bem como maior vigilância para impedir que esta funcione como “sala de chuto”;
Necessidade de ser feita mais limpeza nas estações e comboios;
Necessidade de abertura de W.C (s) nas estações;
Impedir as inscrições de grafitis nos comboios e estações;
Controlo de utentes semelhante ao que é concretizado na Rede de Metro;
Necessidade urgente de requalificação da Estação de Algueirão-Mem Martins;
As bilheteiras deveriam abrir mais cedo;
Necessidade de mais máquinas de bilhetes nas estações;
Ar condicionado dos comboios muitas vezes avariado;
A CP não responde aos protestos dos utentes relativos ao mau funcionamento da Linha.
Com a concretização de mais esta iniciativa a CULS está convicta que mais uma vez deu um contributo inestimável para que a qualidade de transporte na Linha melhore. Assim a CP, a REFER e o Ministério da Tutela estejam abertos a resolver o conjunto de problemas aflorados, o que poderá levar a um aumento de utentes na Linha de Sintra, com os inerentes benefícios ambientais e económicos para o país, o que é absolutamente indispensável, ainda com mais razão em época de crise petrolífera.
11 de Junho de 2008
Contacto: Rui Ramos – 968517011
Mail: cutlinhasintra@iol.pt
Blogue: culs-comissaoutenteslinhasintra.blogspot.com

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Humanização da Estação do Oriente

COMISSÃO DE UTENTES EXIGE QUE A ESTAÇÃO DO ORIENTE
DÊ RESPOSTA A TODAS AS ESTAÇÕES DO ANO
Quando a Estação do Oriente foi posta ao serviço dos utentes da linha de Sintra a Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) teve oportunidade de fazer uma apreciação objectiva deste espaço, definindo-o como esteticamente bem conseguido mas sem as necessárias condições de conforto e, por isso, desumanizado. É sabido que em dias de muito vento e chuva é praticamente impossível permanecer-se neste espaço. Na nossa óptica a estética não pode, nem deve, sobrepor-se ao conforto.
Por esse motivo propusemos na altura que fossem colocados abrigos nesta estação para minimizar esta falha inacreditável do projecto do Arquitecto Santiago Calatrava.
Sobre esta questão, que veio a público na comunicação social, o referido arquitecto afirmou serem as estações locais de passagem e não de permanência, provavelmente influenciado pela realidade espanhola. Pensamos que estas objecções à nossa ideia do que deverá ser uma estação não têm razão de ser e, por isso, terá de haver por parte da RAVE a exigência, junto do arquitecto Calatrava, para que este aspecto seja contemplado na Estação do Oriente.
Como foi anunciado que irá ser hoje assinado um contrato entre a RAVE e o arquitecto Santiago Calatrava para uma intervenção de ampliação nesta estação para a adaptar aos comboios de alta velocidade, seria a altura ideal para que estas preocupações fossem tidas em conta, daí irmos solicitar uma reunião ao conselho de administração da RAVE. Enviaremos, simultaneamente, ao Ministro dos Transportes estas nossas ideias para que intervenha no sentido adequado aos interesses dos utentes desta estação.
17 de Abril de 2008
e-mail: cutlinhasintra@iol.pt

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Nota enviada para a Comunicação Social

Aos Órgãos de Comunicação Social
Exmos. Senhores
Agradecemos a publicação da seguinte posição da Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS):
«Dar a palavra aos utentes»
Para aferir, com o máximo de rigor possível, as implicações que a nova alteração dos horários representa na vida dos utentes da Linha de Sintra, a CULS decidiu dar-lhes a palavra através do questionário, que enviamos em anexo, e que estará em distribuição a partir desta semana.
De facto, com a abertura do túnel do Rossio, a CP procedeu a nova alteração dos horários dos comboios nesta linha, continuando assim a não adequar o número de comboios às necessidades dos utentes, comparativamente com os horários em vigor em Junho de 2006.
Para além disso, verificam-se atrasos diários, situação que urge resolver com a rapidez necessária.
Nesse sentido, a CULS considera indispensável o reforço de mais dois comboios/hora nas horas de ponta no sentido Roma-Areeiro - Monte Abraão ou preferencialmente para Sintra, e a rápida resolução dos vários atrasos que se verificam diariamente.
Pel’A Comissão de Utentes da Linha de Sintra
(Rui Ramos)
14 de Abril de 2008
Caro(a) utente de Linha de Sintra:
Há 18 anos que a Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) tem uma intervenção activa e responsável em defesa de um transporte ferroviário de qualidade.
Dada a recente alteração dos horários devido à finalização das obras do Túnel do Rossio, julgamos ser indispensável pedir novamente aos utentes desta linha que dêem o seu contributo através deste Questionário.
A CULS considera esta colaboração essencial para que melhor possa intervir junto da CP-Lisboa e do Ministério dos Transportes, com base na opinião do maior número possível de utentes.
Gratos pela sua colaboração, solicitamos-lhe que nos envie o questionário com os seus contributos.
Morada: Praça Restauradores, 78-3º - 1250-188 Lisboa
Fax: 213424843 - E-mail: cutlinhasintra@iol.pt
Caso queira, pode ainda consultar o nosso blogue:
culs-comissaoutenteslinhasintra.blogspot.com
Questionário
Em que estação toma o comboio?
Na ida? ______________________ Na volta? _____________________
Outras? ___________________________________________________
Com que finalidade utiliza habitualmente a Linha de Sintra?
Profissional  Escolar  Saúde  Cultural  Desporto  Outros 
Qual é a avaliação que faz dos novos horários?
Positiva  Negativa 
Outra opinião: ___________________________________________________
______________________________________________________________
Quando utiliza os comboios?
Hora de ponta da manhã  ______H______
Hora de ponta da tarde ______H______
Fora da hora de ponta da manhã  ____H____
Fora da hora de ponta da tarde  _____H___
À noite  _____H___ Aos fins de semana  _____H____
Aos feriados  _____H____
Considera que são necessárias alterações nos horários para dar resposta às suas necessidades de mobilidade?
Sim  Não  Se sim, quais? ___________________________________
Que outros problemas considera necessário colocar às entidades competentes? ______________________________________________________________
_________________________________________________________________
______________________________________________________________

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ruído provocado pela circulação dos comboios da Linha de Sintra

De acordo com um estudo recente realizado pela Federação Europeia para os Transportes e o Ambiente (FETA), 50 000 cidadãos da União Europeia morrem todos os anos prematuramente derivado ao ruído provocado pelo tráfego rodoviário e ferroviário, assim como há 200000 cidadãos a sofrer de doenças cardiovasculares provocadas por excesso de ruído.
A CULS, no momento em que as obras para a finalização da modernização da Linha de Sintra entre as estações de Monte Abraão e Agualva-Cacém vão começar, não pode deixar de alertar para que sejam tidos em conta tais aspectos quer no assentamento das linhas, quer na aplicação de outros meios anti-ruído existentes.
Considerando que os comboios na Linha de Sintra passam ruidosamente durante 20 horas diárias, excedendo certamente os 55 decibéis definidos pela Organização Mundial de Saúde como limite máximo, valor a partir do qual passa a ser nocivo para o ser humano em termos de Saúde Pública, sobretudo no campo das doenças cardiovasculares, surdez e do foro neurológico, a CULS pensa ainda que deveria ser generalizada a aplicação de dispositivos anti-ruído em todo o comprimento da Linha de Sintra, considerando inaceitável que a legislação portuguesa e as directivas comunitárias não estejam a ser respeitadas pela REFER.
Na verdade, nas obras de modernização da Linha de Sintra não foi tida em conta a problemática do ruído com a eficácia adequada, o que tem levado a protestos por parte de munícipes dos concelhos atravessados pela Linha de Sintra, afectados pelo ruído provocado pela circulação dos comboios.
Para que esta questão não seja mais um factor de degradação da Saúde Pública nos concelhos atravessados pela Linha de Sintra, a CULS não pode deixar de propor o seguinte:
1 - Que os Departamentos camarários que têm a ver com esta problemática nas Câmaras de Sintra, Amadora, Oeiras e Lisboa façam as medições adequadas dos ruídos provocados pelos comboios nos seus concelhos;
2 – E que, face aos resultados apurados, as referidas Câmaras Municipais estudem com a REFER medidas consentâneas para serem aplicadas, tais como barreiras anti-ruído, muretes de absorção de ruído, materiais de apoio das linhas e ainda revestimento lateral das linhas para absorção do ruído.
Neste sentido, a CULS irá fazer chegar estas preocupações a todas as entidades referidas neste nosso comunicado.
PS – A CULS não pode deixar de referir a sua preocupação quanto ao atraso que já se está a verificar nas obras de modernização da Estação de Agualva-Cacém
26 de Março de 2008
e-mail: cutlinhasintra@iol.pt
Contactar Rui Ramos 96 851 70 11

sexta-feira, 28 de março de 2008

Comunicado

NOVOS HORÁRIOS NA LINHA DE SINTRA
A Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) reuniu com a Administração da CP-Lisboa no passado dia 13 de Março, tendo em vista abordar com esta empresa as medidas adequadas a uma maior oferta de comboios no eixo da Linha da Cintura (de e para Roma-Areeiro, Oriente e Alverca).
Nesta reunião, a CULS fez sentir à Administração da CP que se estava a verificar um grande fluxo de utentes no referido eixo, o que provocava, sobretudo nas horas de ponta, um autêntico caos que urgia eliminar. Aproveitou ainda a oportunidade para alertar a Administração da CP-Lisboa quanto aos atrasos que se estão a verificar na linha de Sintra e sobretudo a necessidade desta empresa considerar a hipótese de no futuro poder vir a aumentar o número de comboios para a linha da Cintura, eventualmente com comboios de 2 pisos.
Fomos entretanto informados que irão ser reforçados os comboios, a partir de 17 de Março, de Monte Abraão para Roma-Areeiro (quatro comboios nas horas de ponta), o que consideramos positivo.
A CULS não pode deixar de referir que a CP-Lisboa deu resposta a algumas propostas por nós apresentadas tendo em vista o reforço dos comboios nos fins de semana ao nível do que era oferecido aos utentes em Junho de 2006, altura em que denunciámos cortes nos horários dos comboios. Quanto à reposição dos horários nos dias de semana houve um acréscimo significativo, muito embora ainda faltem 50 comboios para atingir os níveis de oferta de Junho de 2006.
Face à nossa insistência na necessidade de colmatar esta última situação, a Administração da CP-Lisboa referiu-nos que apesar de estar atenta à situação não tinha possibilidade de concretizar esta carência pela exiguidade de material circulante, assim como pelo facto da Linha de Sintra ainda não estar quadruplicada entre Monte Abraão e Agualva-Cacém, cujas obras irão começar este ano.
Não podemos deixar de salientar novamente que a responsabilidade desta negativa situação é de todos os governos desde 1995 pelo facto de não terem disponibilizado as verbas necessárias para o efeito e que agora se estão a reflectir de forma muito negativa em toda a vida dos utentes, dificultando o encontrar de soluções para os problemas abordados.
A CULS continuará atenta às alterações na oferta para o eixo da Linha da Cintura e voltará a insistir energicamente para que sejam adoptados os procedimentos que se impõem se a oferta aos utentes não for melhorada.
2008-03-17

Comunicado

GOVERNO E REFER PRETENDEM PROLONGAR
CALVÁRIO DOS UTENTES DA LINHA DE SINTRA MAIS 5 ANOS
AGRADECIAMOS A PUBLICAÇÃO DESTE COMUNICADO
Lisboa, 22 de Janeiro de 2007
A Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) desde que foi constituída (1990) tem sempre pugnado pela necessidade de que seja oferecido aos utentes da Linha de Sintra um transporte ferroviário de qualidade.
Para tal, sempre colocámos o enfoque na urgência da modernização desta linha em toda a sua extensão, com estações novas, modernas, confortáveis, quadruplicação da linha entre Lisboa e Agualva-Cacém, bem como composições novas e de qualidade.
Tais necessidades deveriam ter sido concretizadas com a rapidez necessária em adequação com a explosão demográfica contínua, constatada desde há mais de 30 anos. O que, fruto de deficientes políticas de ordenamento de território, em que a qualidade de vida das populações é esquecida em benefício dos lobies do betão, não se verificou.
Se tivesse acontecido, a Linha de Sintra teria, certamente, capacidade para dar resposta a um número significativamente maior de utentes e possibilitaria o aumento da velocidade dos comboios e, deste modo, reduziria o tempo de viagem.
Se o contexto actual fosse esse, verificar-se-ia a diminuição do tráfego automóvel individual no super saturado IC 19, com os inerentes benefícios económicos e ambientais para o país.
A CULS tem denunciado, reiteradamente, os sucessivos adiamentos na finalização da modernização da Linha de Sintra, cuja previsão, referida no Plano de Obras do extinto Gabinete do Nó Ferroviário de Lisboa, apontava para 1999. Esta situação tem levado à morte de dezenas de pessoas por atravessamento da linha de Sintra nas estações de Massamá-Barcarena e Agualva-Cacém. É por isso que a CULS não pode deixar de responsabilizar os sucessivos governos, desde 1995, por todas estas mortes que, seguramente, não aconteciam se a modernização da linha de Sintra já estivesse concluída.
Consideramos que foi completamente desajustado e, de certa forma, carecido de racionalidade que os sucessivos governos não tenham disponibilizado as verbas necessárias para a finalização das referidas obras. E este governo voltou a não inscrever verbas em PIDDAC para esta modernização.
Foi pelo facto da REFER ter anunciado que as obras em atraso iriam ser concretizadas entre 2008 e 2012, treze anos depois do inicialmente previsto, que a CULS decidiu encetar um conjunto de iniciativas, pedido de reuniões aos grupos parlamentares da Assembleia da República (tendo já reunido com os grupos parlamentares do PCP e Os Verdes, os quais mostraram abertura em concretizar iniciativas parlamentares sobre este assunto) e enviado uma petição ao Presidente da Comissão de Petições do Parlamento Europeu, que lhe será entregue no dia 22 de Janeiro, com o objectivo destas entidades intervirem para que as obras sejam concluídas significativamente mais cedo do que o anunciado.