sexta-feira, 28 de março de 2008

Comunicado

GOVERNO E REFER PRETENDEM PROLONGAR
CALVÁRIO DOS UTENTES DA LINHA DE SINTRA MAIS 5 ANOS
AGRADECIAMOS A PUBLICAÇÃO DESTE COMUNICADO
Lisboa, 22 de Janeiro de 2007
A Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) desde que foi constituída (1990) tem sempre pugnado pela necessidade de que seja oferecido aos utentes da Linha de Sintra um transporte ferroviário de qualidade.
Para tal, sempre colocámos o enfoque na urgência da modernização desta linha em toda a sua extensão, com estações novas, modernas, confortáveis, quadruplicação da linha entre Lisboa e Agualva-Cacém, bem como composições novas e de qualidade.
Tais necessidades deveriam ter sido concretizadas com a rapidez necessária em adequação com a explosão demográfica contínua, constatada desde há mais de 30 anos. O que, fruto de deficientes políticas de ordenamento de território, em que a qualidade de vida das populações é esquecida em benefício dos lobies do betão, não se verificou.
Se tivesse acontecido, a Linha de Sintra teria, certamente, capacidade para dar resposta a um número significativamente maior de utentes e possibilitaria o aumento da velocidade dos comboios e, deste modo, reduziria o tempo de viagem.
Se o contexto actual fosse esse, verificar-se-ia a diminuição do tráfego automóvel individual no super saturado IC 19, com os inerentes benefícios económicos e ambientais para o país.
A CULS tem denunciado, reiteradamente, os sucessivos adiamentos na finalização da modernização da Linha de Sintra, cuja previsão, referida no Plano de Obras do extinto Gabinete do Nó Ferroviário de Lisboa, apontava para 1999. Esta situação tem levado à morte de dezenas de pessoas por atravessamento da linha de Sintra nas estações de Massamá-Barcarena e Agualva-Cacém. É por isso que a CULS não pode deixar de responsabilizar os sucessivos governos, desde 1995, por todas estas mortes que, seguramente, não aconteciam se a modernização da linha de Sintra já estivesse concluída.
Consideramos que foi completamente desajustado e, de certa forma, carecido de racionalidade que os sucessivos governos não tenham disponibilizado as verbas necessárias para a finalização das referidas obras. E este governo voltou a não inscrever verbas em PIDDAC para esta modernização.
Foi pelo facto da REFER ter anunciado que as obras em atraso iriam ser concretizadas entre 2008 e 2012, treze anos depois do inicialmente previsto, que a CULS decidiu encetar um conjunto de iniciativas, pedido de reuniões aos grupos parlamentares da Assembleia da República (tendo já reunido com os grupos parlamentares do PCP e Os Verdes, os quais mostraram abertura em concretizar iniciativas parlamentares sobre este assunto) e enviado uma petição ao Presidente da Comissão de Petições do Parlamento Europeu, que lhe será entregue no dia 22 de Janeiro, com o objectivo destas entidades intervirem para que as obras sejam concluídas significativamente mais cedo do que o anunciado.

Sem comentários: